Redução do expediente poderá afetar liberação de corpos no IML

A direção estadual do Instituto Médico Legal (IML) do Paraná determinou a redução de duas horas na jornada de trabalho dos funcionários responsáveis pela necropsia. Até então a necropsia só poderia ser feita a partir das 8 até as 22 horas e agora o procedimento só poderá ser feito até as 20 horas. 

Segundo o diretor do IML de Francisco Beltrão, Dr. Irno Azollini, que atende os 27 municípios da região, a medida deverá sobrecarregar os trabalhos e gerar transtornos para as famílias das vítimas. “Por lei, só podemos iniciar a necropsia após 6 horas do óbito para que ele seja legalmente confirmado e com essa redução teremos ainda menos tempo para liberar o corpo para as famílias. Já temos estendido o horário até às 24 horas para dar conta da demanda e agora significa por exemplo, que em uma morte registrada as 14 horas só poderemos fazer a necropsia no outro dia a partir das 8 horas. As famílias correm o risco de ter que esperar até 48 horas para que o corpo seja liberado, isso sem falar de eventuais casos de violência sexual que ocorram durante a madrugada e que antes eram atendidas com emergência”, afirmou. Como o médico legista também não dará plantão durante a madrugada, os exames nestes casos podem ser prejudicados por conta da demora para a coleta de material genético. 

Enquanto a Polícia Científica do estado lida com o problema de falta de funcionários há décadas, sem apoio político e sem previsão de concursos, o órgão agora corre o risco de não ter espaço disponível nos necrotérios por conta da demanda – Somente em janeiro deste ano foram 26 necropsias. 

Entre as justificativas utilizadas pela direção estadual da Polícia Científica está a necessidade de utilizar a “luz do dia” para que o exame seja mais preciso. A redução do expediente já entrou em vigor e os efeitos disso devem ser sentidos em breve. 

31 de janeiro de 2020

Diretor do IML de Francisco Beltrão, Dr. Irno Azollini em entrevista na Rádio Educadora - Foto Longo

A direção estadual do Instituto Médico Legal (IML) do Paraná determinou a redução de duas horas na jornada de trabalho dos funcionários responsáveis pela necropsia. Até então a necropsia só poderia ser feita a partir das 8 até as 22 horas e agora o procedimento só poderá ser feito até as 20 horas. 

Segundo o diretor do IML de Francisco Beltrão, Dr. Irno Azollini, que atende os 27 municípios da região, a medida deverá sobrecarregar os trabalhos e gerar transtornos para as famílias das vítimas. “Por lei, só podemos iniciar a necropsia após 6 horas do óbito para que ele seja legalmente confirmado e com essa redução teremos ainda menos tempo para liberar o corpo para as famílias. Já temos estendido o horário até às 24 horas para dar conta da demanda e agora significa por exemplo, que em uma morte registrada as 14 horas só poderemos fazer a necropsia no outro dia a partir das 8 horas. As famílias correm o risco de ter que esperar até 48 horas para que o corpo seja liberado, isso sem falar de eventuais casos de violência sexual que ocorram durante a madrugada e que antes eram atendidas com emergência”, afirmou. Como o médico legista também não dará plantão durante a madrugada, os exames nestes casos podem ser prejudicados por conta da demora para a coleta de material genético. 

Enquanto a Polícia Científica do estado lida com o problema de falta de funcionários há décadas, sem apoio político e sem previsão de concursos, o órgão agora corre o risco de não ter espaço disponível nos necrotérios por conta da demanda – Somente em janeiro deste ano foram 26 necropsias. 

Entre as justificativas utilizadas pela direção estadual da Polícia Científica está a necessidade de utilizar a “luz do dia” para que o exame seja mais preciso. A redução do expediente já entrou em vigor e os efeitos disso devem ser sentidos em breve. 

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