Foto: Polícia Civil
AEN – A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu nesta quarta-feira (28) 24 pessoas em uma operação contra uma organização criminosa investigada por furtar, adulterar e revender ilegalmente cargas de soja e fertilizantes. O esquema criminoso misturava areia à soja desviada, gerando prejuízos estimados em mais de R$ 15 milhões. A operação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que contribuiu ativamente durante a fase investigativa.
Além dos mandados de prisão, os policiais cumpriram 41 ordens de busca residencial que resultaram na apreensão de celulares, maquinário e insumos para adulteração. Também ocorreram 17 buscas e apreensões de caminhões e carretas utilizados nos crimes e cumpridas 40 ordens de sequestros de bens. Os mandados foram executados simultaneamente em Curitiba, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Paranaguá, Ponta Grossa, Laranjeiras do Sul, Congonhinhas e Nova Fátima, no Paraná, além de Goiânia (GO).
A investigação teve início em maio 2022 após o furto de uma carga de fertilizantes avaliada em R$ 95 mil. A vítima relatou que havia contratado um motorista para o transporte da carga, mas que ela não havia chegado ao destino. Durante as diligências, os policiais civis e localizaram o barracão no qual o fertilizante furtado estava. No local, também havia amplo maquinário e insumos para a adulteração de carga.
Durante as apurações a PCPR identificou mais de 100 cargas de soja e fertilizantes desviadas pela organização criminosa, resultando em prejuízos superiores a R$ 15 milhões.
Entre os crimes investigados pela PCPR estão furto qualificado, receptação qualificada, falsidade ideológica, adulteração de produtos agrícolas, indução de consumidor a erro, duplicata simulada, lavagem de capitais e organização criminosa.
MODUS OPERANDI – A investigação identificou a organização criminosa que atuava em duas vertentes. A primeira era a adulteração de fertilizantes. A segunda era a subtração e adulteração de cargas de soja em períodos de safra.
As cargas desviadas eram levadas a armazéns clandestinos, nos quais era feita a adulteração com areia. Em seguida, os produtos eram reensacados para aparentar integridade e vendidos como legítimos.
Fertilizantes também foram desviados e adulterados com materiais como calcário e silicato. Após essas misturas, os produtos eram reembalados e comercializados ilegalmente, gerando perdas expressivas aos produtores rurais e prejudicando diretamente a produtividade agrícola.
“Dentro do grupo existiam funções específicas para cada membro. Havia aqueles que trabalhavam nos barracões, outros que cuidavam de descarregar os caminhões ou operavam tratores para carregamentos. Também havia aqueles que atuavam para abrir as bags sem romper lacres, além de um contador que cuidava da parte financeira e comercial da organização”, explica o delegado da PCPR responsável pelas investigações, André Gustavo Feltes.
Notas fiscais falsas eram emitidas por empresas sem vínculo legítimo com os envolvidos, muitas delas com registros encerrados ou atuando exclusivamente como “noteiras”. Esses documentos simulavam transações comerciais fictícias para conferir aparência de legalidade ao transporte e à revenda dos produtos adulterados.
ALICIAMENTO DE MOTORISTAS – Um dos principais métodos da organização criminosa era o aliciamento de motoristas. A PCPR identificou que a quadrilha mantinha profissionais contratados fixamente por empresas fictícias para desviar cargas frequentemente. Além desses, outros motoristas eram cooptados pontualmente para executar desvios das rotas originais até os armazéns clandestinos. A participação deliberada desses motoristas era crucial para abastecer o esquema criminoso.
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