Santa Catarina

Pai que matou filha de 17 anos para ficar com herança dela é condenado em júri popular

Duas famílias dividiram o Tribunal do Júri da comarca de Campo Belo do Sul para assistir ao julgamento do acusado de matar a própria filha de 17 anos para ficar com sua propriedade. De um lado, os parentes do réu, torcendo pela absolvição. Do outro, os tios e avós maternos da vítima, esperando pela condenação.

A sessão durou 12 horas, e coube a Promotora de Justiça Cassilda Santiago Dalagnollo a tarefa de apresentar as provas incriminando o réu.

Publicidade

“O trabalho dos órgãos competentes trouxe evidências irrefutáveis que comprovam a culpa do pai no contexto de violência doméstica de familiar”.

Os jurados acolheram integralmente a denúncia do Ministério Público e o homem foi sentenciado a 18 anos de reclusão em regime fechado por homicídio com três qualificadoras (feminicídio, motivo torpe e emprego de recurso que dificultou a defesa), agravado pela relação parental com a adolescente, conforme prevê o Código Penal (artigo 61, inciso II, alínea e).

A avó materna da vítima ficou aliviada com a sentença. “Essa condenação não traz ela de volta, mas saio daqui com a sensação de que a justiça foi feita, pois um homem que mata a própria filha não pode de maneira alguma viver em sociedade”.

Tragédia familiar, abandono afetivo e homicídio

A vítima perdeu a mãe em um acidente de trânsito quando tinha apenas dez meses e herdou seus bens materiais, constituídos em uma fazenda e uma casa. O pai continuou morando no imóvel, mas formou uma nova família, então pediu que os parentes a criassem e nunca demonstrou que a amava.

A menina cresceu, entendeu que era dona do patrimônio, decidiu reivindicá-lo e acabou sendo morta 36 dias antes de completar 18 anos, idade que lhe permitiria tomar posse de tudo o que tinha direito. Após meses de investigação, as evidências mostraram que o pai era o culpado. 

O crime aconteceu no dia 16 de maio de 2022, na casa em que a vítima morava com o namorado, localizada nas margens da rodovia SC-390, em Cerro Negro. Segundo consta nos autos, o réu foi até lá com a moto de um amigo e a matou com um tiro na cabeça, sem que ela pudesse esboçar qualquer reação.

“É um caso chocante, afinal, um pai matou a própria filha por causa de bens materiais. Esse crime não poderia ficar impune, de modo algum”, conclui a Promotora de Justiça Cassilda Santiago Dalagnollo.

Após o julgamento, o homem retornou para o Presídio Masculino de Lages, onde passará os próximos anos cumprindo a pena. 

Fonte PMSC

PP News

Matéria recentes

Executivo vai devolver dinheiro arrecadado com leilão do aeroporto

Assessoria - Numa votação “apertada” na Câmara de Vereadores de Francisco Beltrão, foi aprovado por…

18 minutos atrás

Confrontos com a Polícia Militar termina com quatro mortos

Quatro pessoas morreram em dois confrontos distintos com a Polícia Militar do Paraná na noite…

1 hora atrás

Motociclista fica ferido após colisão frontal com caminhão

Nesta terça-feira (10), por volta das 14h34, socorristas do Corpo de Bombeiros de Dionísio Cerqueira…

3 horas atrás

Colisão entre motocicleta e carro deixa homem ferido

Uma colisão entre um carro e uma motocicleta foi registrada no início da tarde desta…

4 horas atrás

Mecânico morre enquanto consertava caminhão do Corpo de Bombeiros

O dono da mecânica, Jacir Garcia das Chagas, morreu após ser atingido pela cabine de…

4 horas atrás

Sérgio Moro aparece como favorito em pesquisa para o governo do estado

A Ágili Pesquisas divulgou nesta terça-feira (10), o mais recente levantameto da disputa pelo Governo…

4 horas atrás

This website uses cookies.