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O verão de 2024 se desenha quente com temperatura acima da média no Sul do país. Diferentemente do período de 2020 a 2023, sob La Niña, que favoreceu estiagens em todos os verões, o verão próximo deve ter mais chuva e umidade, o que vai significar um maior número de dias abafados com noites mais quentes e maior frequência de tempestades de verão.
Nenhuma região do Brasil, contudo, tem risco tão alto de dias de calor muito intenso a extremo como o Sul do país durante o verão. Isso porque, diferentemente de grande parte do país, os estados mais ao Sul, em particular o Rio Grande do Sul, não possuem os seus extremos anuais de calor modulados por chuva.
O calor muito intenso deste fim de ano se insere em um contexto mundial e nacional de meses seguidos de temperatura acima do normal e recordes. Os meses de setembro, outubro e novembro no mundo foram os mais quentes já registrados no planeta e por uma larga margem.
A primeira grande onda de calor da primavera foi a de setembro. O episódio de calor de setembro foi tão extremo que motivou estudo internacional de atribuição climática rápida. Usando métodos publicados e revisados por pares, cientistas do Brasil, Argentina, Holanda, Estados Unidos da América e Reino Unido da World Weather Attribution concluíram que as mudanças climáticas tornaram a onda de calor de setembro cem vezes mais provável.
A previsão climática da MetSul Meteorologia indica um verão de temperatura acima a muito acima da média na maior parte do Brasil em 2024. Assim, o calorão de agora tende a se repetir outra vezes ao longo do estado e em alguns estados com ainda maior força do que agora.
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