Recomeços: mulheres prestes a deixar o cárcere recebem apoio para reconstruir a vida
AEN – Mulheres privadas de liberdade são preparadas para o retorno às suas comunidades após o cumprimento da pena, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. O projeto Vida Nova trabalha o resgate da autoestima, o empoderamento feminino e a preparação para o mercado de trabalho, com o objetivo de promover a reinserção social dessas mulheres.
Em sua terceira edição, a iniciativa já atendeu 97 custodiadas no Centro de Integração Social (CIS). Criado em 2023, o projeto foi desenvolvido pelo Centro Estadual de Políticas Sobre Drogas (CEPSD), em parceria com a Polícia Penal do Paraná (PPPR), órgãos vinculados à Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Ele é realizado às segundas-feiras dentro do CIS. A terceira edição conta com a participação de 16 mulheres em fase final de cumprimento de pena. Até agora, foram realizados cinco dos 12 encontros previstos. Ao todo, o projeto tem duração de três meses e inclui rodas de conversa e formação de grupos de auto e mútua ajuda. A cada semana é debatido um tema, conduzido com base no método dos 12 passos da Pastoral da Sobriedade e dos 12 passos para se tornar uma mulher empoderada.
Até o momento, 98% das participantes não reincidiram no crime, índice que evidencia o resultado positivo do projeto. “Nossa intenção é preparar essas mulheres para deixarem esse espaço que, apesar de ser uma prisão, muitas vezes se torna um lugar seguro. Elas precisam entender que, ao sair, é no convívio social que surgem as maiores inseguranças e vulnerabilidades”, explica a diretora do CIS, Marilu Kátia da Costa.
Segundo ela, cabe à unidade prisional oferecer ferramentas práticas e emocionais para que essas mulheres possam fazer novas escolhas. “Estamos proporcionando a elas o acesso ao conhecimento, que traz poder — o poder de dizer não ao abuso, às drogas e ao ciclo de violência. O poder de recomeçar e fazer novas escolhas”, completou.
NOVAS PARCERIAS – De acordo com o delegado da Polícia Civil e coordenador do CEPSD, Renato Figueiroa, após duas edições concluídas, o projeto está sendo aprimorado com a inclusão de novas parcerias. “Com base na análise das edições anteriores, identificamos a necessidade de inserir uma capacitação profissional, pois essas mulheres precisam de oportunidades reais de reinserção no mercado de trabalho. Essa é nossa nova meta”, afirmou.
Nesta semana, representantes do Sistema Fiep, por meio do Senai, visitaram o CIS para conhecer a estrutura do projeto Vida Nova. “Convidamos o Senai para avaliar de que forma pode contribuir com a qualificação profissional dessas mulheres — seja ainda durante o cumprimento da pena, seja após a soltura —, para que tenham condições reais de reconstruir suas vidas”, acrescentou Figueiroa.
A coordenadora do Complexo Social da PPPR, Darla Cebulski, também esteve no encontro e falou sobre o trabalho de acompanhamento e suporte às mulheres que participam do projeto, após a soltura. “Esse acompanhamento é fundamental para que elas se sintam amparadas e motivadas a manter as mudanças iniciadas ainda durante o cárcere”, reforçou.

Foto: Polícia Penal do Paraná
AEN – Mulheres privadas de liberdade são preparadas para o retorno às suas comunidades após o cumprimento da pena, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. O projeto Vida Nova trabalha o resgate da autoestima, o empoderamento feminino e a preparação para o mercado de trabalho, com o objetivo de promover a reinserção social dessas mulheres.
Em sua terceira edição, a iniciativa já atendeu 97 custodiadas no Centro de Integração Social (CIS). Criado em 2023, o projeto foi desenvolvido pelo Centro Estadual de Políticas Sobre Drogas (CEPSD), em parceria com a Polícia Penal do Paraná (PPPR), órgãos vinculados à Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Ele é realizado às segundas-feiras dentro do CIS. A terceira edição conta com a participação de 16 mulheres em fase final de cumprimento de pena. Até agora, foram realizados cinco dos 12 encontros previstos. Ao todo, o projeto tem duração de três meses e inclui rodas de conversa e formação de grupos de auto e mútua ajuda. A cada semana é debatido um tema, conduzido com base no método dos 12 passos da Pastoral da Sobriedade e dos 12 passos para se tornar uma mulher empoderada.
Até o momento, 98% das participantes não reincidiram no crime, índice que evidencia o resultado positivo do projeto. “Nossa intenção é preparar essas mulheres para deixarem esse espaço que, apesar de ser uma prisão, muitas vezes se torna um lugar seguro. Elas precisam entender que, ao sair, é no convívio social que surgem as maiores inseguranças e vulnerabilidades”, explica a diretora do CIS, Marilu Kátia da Costa.
Segundo ela, cabe à unidade prisional oferecer ferramentas práticas e emocionais para que essas mulheres possam fazer novas escolhas. “Estamos proporcionando a elas o acesso ao conhecimento, que traz poder — o poder de dizer não ao abuso, às drogas e ao ciclo de violência. O poder de recomeçar e fazer novas escolhas”, completou.
NOVAS PARCERIAS – De acordo com o delegado da Polícia Civil e coordenador do CEPSD, Renato Figueiroa, após duas edições concluídas, o projeto está sendo aprimorado com a inclusão de novas parcerias. “Com base na análise das edições anteriores, identificamos a necessidade de inserir uma capacitação profissional, pois essas mulheres precisam de oportunidades reais de reinserção no mercado de trabalho. Essa é nossa nova meta”, afirmou.
Nesta semana, representantes do Sistema Fiep, por meio do Senai, visitaram o CIS para conhecer a estrutura do projeto Vida Nova. “Convidamos o Senai para avaliar de que forma pode contribuir com a qualificação profissional dessas mulheres — seja ainda durante o cumprimento da pena, seja após a soltura —, para que tenham condições reais de reconstruir suas vidas”, acrescentou Figueiroa.
A coordenadora do Complexo Social da PPPR, Darla Cebulski, também esteve no encontro e falou sobre o trabalho de acompanhamento e suporte às mulheres que participam do projeto, após a soltura. “Esse acompanhamento é fundamental para que elas se sintam amparadas e motivadas a manter as mudanças iniciadas ainda durante o cárcere”, reforçou.
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