Homem é condenado a 32 anos de prisão por matar idosa e vender panela e chaleira da vítima para comprar drogas

MPSC – O crime aconteceu em setembro de 2022. O réu invadiu a casa acobertado por dois adolescentes, matou a mulher, subtraiu alguns pertences pessoais para vender e comprar drogas. Os adolescentes estão cumprindo medidas socioeducativas.

O homem que invadiu a casa de uma mulher de 86 anos com a ajuda de dois adolescentes, a matou e subtraiu objetos, cartões, documentos e alimentos foi condenado, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Ele foi sentenciado a uma pena de 32 anos, um mês e 11 dias de reclusão e ao pagamento de 22 dias-multa por latrocínio e corrupção de menores. A decisão é passível de recurso. O processo corre em segredo de justiça.

O crime aconteceu em 24 de setembro de 2022, em Lebón Régis, no Meio-Oeste. Naquela noite, o réu entrou na residência acobertado pelos adolescentes e atacou a idosa com facadas no pescoço e nos braços e a estrangulou com um pedaço de tecido. Por fim, subtraiu uma chaleira elétrica, uma panela, alimentos, cartões de crédito e documentos pessoais da vítima.

De acordo com os autos, os alimentos foram deixados em um bar. Os utensílios domésticos, por sua vez, foram vendidos por 20 reais e o dinheiro foi usado para comprar maconha. Posteriormente, esses objetos foram apreendidos e identificados por parentes da vítima.

Câmeras de segurança flagraram o réu jogando os cartões de crédito e documentos da mulher em um bueiro. Segundo os depoimentos, o homem jogou a arma do crime para dentro da casa da ex-companheira. Ele tem antecedentes criminais relacionados a furtos e violência doméstica.

Os adolescentes estão internados, cumprindo medida socioeducativa, por terem participado dos fatos.

O Promotor de Justiça Marcos José Ferreira da Cruz ressalta que o crime chocou o município e a região. “O réu agiu com extrema crueldade, tirando a vida de uma senhora que estava sozinha em casa para roubar alguns pertences para poder comprar drogas, com a ajuda de dois adolescentes. A condenação é uma resposta positiva para a sociedade”, diz ele.