Expectativa de vida do Paraná ultrapassa 79 anos, aponta projeção do IBGE
O Paraná chega em 2024 com a marca de 79,2 anos de expectativa de vida, segundo o relatório mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2022. O índice deste ano está acima da média nacional, de 77,6 anos. O Estado fica atrás somente de Santa Catarina (81,1 anos), Espírito Santo (80,2 anos), São Paulo (79,9 anos), Distrito Federal (79,8 anos) e Rio Grande do Sul (79,6 anos).
De acordo com o órgão federal, o Estado deve alcançar a marca dos 80 anos em 2028 (confira AQUI ). Em termos de comparação, a média nacional só deve chegar a esse patamar em 2049, mais de 20 anos depois. Além disso, a expectativa de vida atual dos paranaenses é maior que toda a região Norte do País (média de 73,8 anos); Nordeste (média de 75 anos); e Centro-Oeste (exceto Distrito Federal, com média de 76,7 anos).
A projeção do IBGE também destaca a expectativa de vida por sexo. Os homens vivem atualmente cerca de 75,8 anos no Paraná, enquanto que as mulheres têm uma vida maior, com expectativa de alcançarem os 82,6 anos. São 1.893.120 idosos no Estado, segundo o Censo de 2022, cerca de 16% dos 11.443.208 paranaenses. É a sexta população mais velha do País, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia.
A expectativa de vida tem crescido ano a ano no Paraná, seguindo a tendência nacional. Em 2019, por exemplo, a média era de 77,9 anos, passando para 78,2 anos em 2020, 78,4 anos em 2021, 78,7 anos em 2022 e 78,9 anos em 2023. De acordo com o IBGE, em 2060 a expectativa de vida deve ser de 83,86 anos no Paraná, sendo 80,69 anos para homens e 87,04 anos para mulheres. Na mesma projeção, o Paraná deve ter 12,3 milhões de pessoas nesse ano.
Ao mesmo tempo a taxa de mortalidade infantil, fator que compõe esse cálculo, vem diminuindo ano a ano. Em 2024 ela é de 6,83/100 mil habitantes, sendo 7,50 entre homens e 6,13 em mulheres. Em 2028 ela deve cair para um patamar de 5. O Paraná já possui a menor do Sul: em Santa Catarina o índice é de 7,21 e no Rio Grande do Sul, 7,76. O Estado está em segundo lugar do País nessa projeção, atrás apenas do Espírito Santo.
CUIDADO COM O IDOSO – Esse aumento constante e até mesmo acima da média nacional tem como pano de fundo o aumento das políticas públicas voltadas aos idosos, seja do Governo do Estado ou dos municípios.
Entre elas está o programa Viver Mais Paraná, que consiste na construção de condomínios para idosos. Atualmente, quatro já foram concluídos nas cidades de Jaguariaíva, Prudentópolis, Cornélio Procópio e Foz do Iguaçu. Outros oito projetos estão em construção em Irati, Telêmaco Borba, Cascavel, Ponta Grossa, Francisco Beltrão, Arapongas, Campo Mourão e Guarapuava. O investimento é de R$ 43 milhões e a previsão é de que todos estejam em funcionamento até o começo de 2025.
Eles estão dentro da estratégia de entregar 35 empreendimentos, somando 1.400 unidades habitacionais até o final de 2026. O investimento total será de aproximadamente R$ 244 milhões. Além dos oito em execução, mais nove condomínios estão em fase de licitação (Maringá, Toledo, Loanda, Astorga, Santo Antônio do Sudoeste, Goioerê, São Miguel do Iguaçu, Ivaiporã e Guaíra) e mais 14 residenciais em fase de projeto (Assis Chateaubriand, Palmas, Colombo, Lapa, Ibiporã, Cianorte, União da Vitória, Londrina, Pato Branco, São Mateus do Sul, Fazenda Rio Grande, Laranjeiras do Sul, Dois Vizinhos e São José dos Pinhais).
Outra iniciativa de destaque é o projeto-piloto da Cidade do Idoso, em Irati, que reúne uma série de serviços e atendimentos voltados à terceira idade. Lá os idosos passam o dia de forma gratuita, tendo acesso a atividades físicas, atenção à saúde especializada para esta faixa etária, cozinha comunitária, letramento, aulas de informática, dança, música, além de integração social e cultural.
O Paraná também conta com uma secretaria específica para tratar de assuntos envolvendo a população 60+. Criada em 2023, a Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) tem articulado ações de proteção a terceira idade, entre elas o incentivo para que municípios paranaenses sejam certificados como Cidades e Comunidades Amigas da Pessoa Idosa, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Organização Mundial da Saúde (OMS). São 33 municípios com essa certificação atualmente.
É um reconhecimento a cidades que adaptaram seus serviços e estruturas físicas para serem mais inclusivas e receptivas às necessidades de sua população, visando melhorar a qualidade de vida da população à medida que ela envelhece.
“No Paraná estamos trabalhando para construir um ambiente amigo das pessoas idosas, onde elas estejam preparadas para viver mais e possam ter também o cuidado. Estamos preparando as cidades com estruturas adequadas para acolher as pessoas à medida que elas envelhecem, porque com essa transição demográfica que nós experimentamos daqui para frente todas as políticas públicas irão mudar, entre elas as de saúde, assistência social, educação e o mercado de trabalho”, destaca a secretária da pasta, Leandre Dal Ponte.
As ações também acontecem em outras frentes. Neste mês de julho, o Governo do Estado enviou para a Assembleia Legislativa um novo projeto de lei para garantir a gratuidade ou desconto de 50% em passagens de ônibus para transporte rodoviário intermunicipal. O texto também prevê a criação da Carteira da Pessoa Idosa Paranaense 65+, que terá que ser usada para utilização no programa.
Além disso, o Governo do Paraná monitora permanentemente a saúde dos paranaenses em todos os níveis. Um dos resultados dessa ação é o aumento de 89% no número de pessoas que tiveram o estado nutricional avaliado nas Unidades de Saúde da Atenção Primária entre 2019 e 2022. Ele envolve a avaliação de marcadores do consumo alimentar.
O Estado também lançou a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, considerada um marco no acompanhamento a este público, já em utilização em todas as unidades de saúde do Paraná. É uma importante ferramenta para o registro de informações, acompanhamento e desenvolvimento da saúde. O novo documento traz orientações para as famílias, espaços para ajudar no diagnóstico de condições de saúde, assistência social e controle de doenças.
Foto: Valdelino Pontes/SECID
O Paraná chega em 2024 com a marca de 79,2 anos de expectativa de vida, segundo o relatório mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2022. O índice deste ano está acima da média nacional, de 77,6 anos. O Estado fica atrás somente de Santa Catarina (81,1 anos), Espírito Santo (80,2 anos), São Paulo (79,9 anos), Distrito Federal (79,8 anos) e Rio Grande do Sul (79,6 anos).
De acordo com o órgão federal, o Estado deve alcançar a marca dos 80 anos em 2028 (confira AQUI ). Em termos de comparação, a média nacional só deve chegar a esse patamar em 2049, mais de 20 anos depois. Além disso, a expectativa de vida atual dos paranaenses é maior que toda a região Norte do País (média de 73,8 anos); Nordeste (média de 75 anos); e Centro-Oeste (exceto Distrito Federal, com média de 76,7 anos).
A projeção do IBGE também destaca a expectativa de vida por sexo. Os homens vivem atualmente cerca de 75,8 anos no Paraná, enquanto que as mulheres têm uma vida maior, com expectativa de alcançarem os 82,6 anos. São 1.893.120 idosos no Estado, segundo o Censo de 2022, cerca de 16% dos 11.443.208 paranaenses. É a sexta população mais velha do País, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia.
A expectativa de vida tem crescido ano a ano no Paraná, seguindo a tendência nacional. Em 2019, por exemplo, a média era de 77,9 anos, passando para 78,2 anos em 2020, 78,4 anos em 2021, 78,7 anos em 2022 e 78,9 anos em 2023. De acordo com o IBGE, em 2060 a expectativa de vida deve ser de 83,86 anos no Paraná, sendo 80,69 anos para homens e 87,04 anos para mulheres. Na mesma projeção, o Paraná deve ter 12,3 milhões de pessoas nesse ano.
Ao mesmo tempo a taxa de mortalidade infantil, fator que compõe esse cálculo, vem diminuindo ano a ano. Em 2024 ela é de 6,83/100 mil habitantes, sendo 7,50 entre homens e 6,13 em mulheres. Em 2028 ela deve cair para um patamar de 5. O Paraná já possui a menor do Sul: em Santa Catarina o índice é de 7,21 e no Rio Grande do Sul, 7,76. O Estado está em segundo lugar do País nessa projeção, atrás apenas do Espírito Santo.
CUIDADO COM O IDOSO – Esse aumento constante e até mesmo acima da média nacional tem como pano de fundo o aumento das políticas públicas voltadas aos idosos, seja do Governo do Estado ou dos municípios.
Entre elas está o programa Viver Mais Paraná, que consiste na construção de condomínios para idosos. Atualmente, quatro já foram concluídos nas cidades de Jaguariaíva, Prudentópolis, Cornélio Procópio e Foz do Iguaçu. Outros oito projetos estão em construção em Irati, Telêmaco Borba, Cascavel, Ponta Grossa, Francisco Beltrão, Arapongas, Campo Mourão e Guarapuava. O investimento é de R$ 43 milhões e a previsão é de que todos estejam em funcionamento até o começo de 2025.
Eles estão dentro da estratégia de entregar 35 empreendimentos, somando 1.400 unidades habitacionais até o final de 2026. O investimento total será de aproximadamente R$ 244 milhões. Além dos oito em execução, mais nove condomínios estão em fase de licitação (Maringá, Toledo, Loanda, Astorga, Santo Antônio do Sudoeste, Goioerê, São Miguel do Iguaçu, Ivaiporã e Guaíra) e mais 14 residenciais em fase de projeto (Assis Chateaubriand, Palmas, Colombo, Lapa, Ibiporã, Cianorte, União da Vitória, Londrina, Pato Branco, São Mateus do Sul, Fazenda Rio Grande, Laranjeiras do Sul, Dois Vizinhos e São José dos Pinhais).
Outra iniciativa de destaque é o projeto-piloto da Cidade do Idoso, em Irati, que reúne uma série de serviços e atendimentos voltados à terceira idade. Lá os idosos passam o dia de forma gratuita, tendo acesso a atividades físicas, atenção à saúde especializada para esta faixa etária, cozinha comunitária, letramento, aulas de informática, dança, música, além de integração social e cultural.
O Paraná também conta com uma secretaria específica para tratar de assuntos envolvendo a população 60+. Criada em 2023, a Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) tem articulado ações de proteção a terceira idade, entre elas o incentivo para que municípios paranaenses sejam certificados como Cidades e Comunidades Amigas da Pessoa Idosa, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Organização Mundial da Saúde (OMS). São 33 municípios com essa certificação atualmente.
É um reconhecimento a cidades que adaptaram seus serviços e estruturas físicas para serem mais inclusivas e receptivas às necessidades de sua população, visando melhorar a qualidade de vida da população à medida que ela envelhece.
“No Paraná estamos trabalhando para construir um ambiente amigo das pessoas idosas, onde elas estejam preparadas para viver mais e possam ter também o cuidado. Estamos preparando as cidades com estruturas adequadas para acolher as pessoas à medida que elas envelhecem, porque com essa transição demográfica que nós experimentamos daqui para frente todas as políticas públicas irão mudar, entre elas as de saúde, assistência social, educação e o mercado de trabalho”, destaca a secretária da pasta, Leandre Dal Ponte.
As ações também acontecem em outras frentes. Neste mês de julho, o Governo do Estado enviou para a Assembleia Legislativa um novo projeto de lei para garantir a gratuidade ou desconto de 50% em passagens de ônibus para transporte rodoviário intermunicipal. O texto também prevê a criação da Carteira da Pessoa Idosa Paranaense 65+, que terá que ser usada para utilização no programa.
Além disso, o Governo do Paraná monitora permanentemente a saúde dos paranaenses em todos os níveis. Um dos resultados dessa ação é o aumento de 89% no número de pessoas que tiveram o estado nutricional avaliado nas Unidades de Saúde da Atenção Primária entre 2019 e 2022. Ele envolve a avaliação de marcadores do consumo alimentar.
O Estado também lançou a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, considerada um marco no acompanhamento a este público, já em utilização em todas as unidades de saúde do Paraná. É uma importante ferramenta para o registro de informações, acompanhamento e desenvolvimento da saúde. O novo documento traz orientações para as famílias, espaços para ajudar no diagnóstico de condições de saúde, assistência social e controle de doenças.
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