Foto: Reprodução/ Pixabay
Iniciamos neste domingo, 24 de março de 2024, com toda a Igreja, a Semana Santa, em que celebramos a Páscoa do Senhor. Recordamos a entrada de Cristo em Jerusalém para realizar a entrega de sua vida, pela morte de cruz, em fidelidade ao projeto do Pai. Com o povo da primeira aliança, que durante a festa das tendas levava ramos nas mãos, significando a esperança messiânica, nós também em 2024 seguindo os passos de Jesus, renovamos nossa adesão ao seu projeto e, com nossos ramos nas mãos, O aclamamos, Senhor da vida e da história.
O Domingo de Ramos e da Paixão, vivendo ainda a Quaresma como caminhada penitencial para a Páscoa, iniciamos então a Semana Santa, a Semana Maior! No próprio título deste domingo começamos a perceber mais claramente o duplo aspecto do Mistério Pascal, que vamos celebrar mais vivamente no tríduo sacro: cruz e glória, morte e ressurreição, despojamento (Kenose = esvaimento) e elevação espiritual ou glorificação.
A celebração de Ramos nos faz experimentar este contraste, este paradoxo: primeiro, tiremos a alegria da procissão, a vibração dos ramos, a euforia dos cantos de “hosana” e dos gritos “Jesus é nosso rei!”. Logo na sequência da liturgia, no segundo Evangelho proclamado, vemos o dramático relato da paixão e morte de Jesus, que termina no silêncio do sepulcro. Por que esse contraste? Por que na vida real existem contradições. Perguntas humanas e teológicas concomitantemente. Nada é “um mar de rosas” … A vida de Jesus também foi “sinal de contradição” (cf. Lc 2,34): sua opção radical pelo Reino de Deus e sua fidelidade ao projeto do Pai despertou amor em uns e ódio em outros. Mas nem a perspectiva da morte o fez arrepender-se de suas opções. Quem quis a morte de Jesus não foi Deus, e sim os homens que o rejeitaram.
A quem escutar?
No relato da Paixão, cada personagem diz algo importante para o conjunto daquilo que o evangelista quer transmitir aos discípulos. O Evangelho da Paixão de Jesus não é para os de fora, mas para os de dentro da comunidade de seguidores, precisamente as discípulas e os discípulos do Mestre Jesus. As vozes de cada personagem da trama devem ressoar nos ouvidos e no coração de cada uma e cada um, compondo, aos poucos, o grande coro que lhe permitirá captar o ensinamento nelas escondido.
Escutemos as vozes das multidões que inicialmente aclamam com hosanas Jesus de Nazaré da Galileia, mas depois, diante de Pilatos, deixa-se convencer pelas autoridades religiosas judaicas para pedir liberdade para o “famoso” Barrabás e a crucifixão para esse nada famoso “rei dos judeus”. Com certeza, em nenhum dos casos essas multidões sabiam o que estavam falando, mas apenas “iam na onda do momento”.
Escutemos a voz de Jesus, o nosso Mestre: ele dá instruções precisas aos discípulos quanto ao jumentinho, quanto à preparação da ceia pascal, quanto a quem iria traí-lo e quanto à vigília no Jardim das Oliveiras. Não quer deixar os seus discípulos às escuras, desapercebidos dos acontecimentos. Prepara-os para o embate final, alimentando-os com seu pão e seu vinho, sinais sacramentais de sua vida livremente doada, para que pudessem depois superar o escândalo de sua morte na cruz e não se intimidarem quando eles também comungassem desse mesmo “batismo”.
Escutemos, enfim, o silêncio de Jesus diante de Pilatos! Que silêncio eloquente! Ao sistema que quer ter sempre a última palavra sobre a vida humana, não há o que dizer. Aqui, sim, calar é a melhor forma de protestar contra a injustiça dos tribunais onde se jogam “cartas marcadas”! Escutemos as únicas palavras de Jesus na cruz, segundo Mateus: “Eli, Eli, lema sabachtáni?”! Supremo grito de um homem destroçado em sua carne, acabado em sua vida, mas ainda confiante no sentido que o seu Deus pode dar a todo esse sofrimento!’ Grito colocado na boca de Jesus quando “entrega o espírito” para nos salvar.
Dom Edgar Xavier Ertl – Diocese de Palmas-Francisco Beltrão
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