Da escolha na matilha até a aposentadoria: como é a carreira de um cão policial na Polícia Penal do Paraná?

Você sabe como são escolhidos os cães que poderão fazer parte das operações da Polícia Penal? Geralmente, esta decisão é tomada logo após o nascimento dos filhotes. No entanto, é crucial destacar a importância do treinamento ético e adequado para que o animal se torne um cão policial. O tratamento humanitário e respeitoso desses animais é fundamental para garantir que eles desempenhem suas funções de maneira eficiente, enquanto mantêm um padrão elevado de bem-estar animal. “Logo após o nascimento, através do contato com barulhos, os cães iniciam os treinamentos. Participam de práticas diárias partindo da obediência básica até chegar ao nível adequado para iniciar os trabalhos. São treinamentos constantes, realizados várias vezes ao dia, como simulações dos possíveis cenários. A preparação do cão requer bastante cuidado, evitando traumatizá-los”, explica a policial penal pertencente ao SOE de Piraquara, Barbara Nunes.

Os cães da Polícia Penal do Paraná (PPPR) são divididos basicamente em três subgrupos, sendo cães de faro, cães de proteção e cães de busca e captura de pessoas. Os cães de faro desempenham a função de busca por entorpecentes, armas de fogo e munições, além de celulares nas sacolas entregues pelos familiares das pessoas privadas de liberdade, veículos que adentram ao estabelecimento prisional, celas, canteiros de trabalho e pátio de visitas, garantindo que não entrem objetos ilícitos nas unidades penais. Os cães de proteção são aqueles que realizam a segurança da equipe policial na contenção de motins, crises e rebeliões. Eles também são utilizados nas extrações de custodiados das celas para o pátio de sol quando realizadas as revistas internas nas unidades. Já os cães de busca e captura de pessoas são utilizados na procura por fugitivos, quando é apresentado ao cão o odor da pessoa que se evadiu e o animal auxilia fazendo o seu rastro até encontrar e capturar a pessoa foragida.

“A maioria dos cães da PPPR atualmente são da raça pastor belga malinois, embora o Departamento também conte com agentes caninos das raças pastor alemão e rottweiler. São animais equilibrados e que atuam sob comando dos seus condutores e auxiliam a Polícia Penal dentro e fora das unidades penais”, explica o policial penal pertencente à equipe K9 do SOE de Maringá, Rodrigo Nieri da Costa.

Adestramento – Depois das escolhas pelos animais que possuem o perfil para atuar nas atividades policiais, é necessário adestrá-lo para o melhor comportamento e desempenho durante estas ações. “A adaptação dos filhotes com os ambientes e ruídos com qual ele possivelmente terá contato durante a atuação no trabalho policial é realizada logo após a escolha dos cães que poderão integrar à equipe policial. Concomitantemente é realizada a socialização com outros animais da mesma e outras espécies, além de nós, seres humanos. Esta parte do treinamento é realizada durante a janela social e se encerra aproximadamente aos 120 dias de vida do cão, podendo variar de acordo com a raça. A partir de então, inicia-se a modelagem do comportamento canino através de reforços positivos ou negativos, nos quais o condutor passa a recompensar o cão por comportamentos desejados, ignorando os indesejados, realizando o manejo de forma a direcionar o cão para o auxílio da atividade policial. Cada condutor é responsável pelo adestramento de seu cão. Em média, o treinamento dura aproximadamente 14 meses para os cães direcionados para atuar como farejadores e 24 meses para os cães que atuam na função de proteção”, detalha Nieri. 

Certificação – Hassan e Casull são os dois primeiros cães da Polícia Penal do Paraná (PPPR), pertencentes ao Setor de Operações Especiais (SOE), da regional administrativa da PPPR em Maringá, a serem certificados. Ambos participaram, no fim do ano passado, de uma ação promovida pelo 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM) e que foi conduzida pela Companhia de Operações com Cães, do Batalhão de Polícia de Choque, que visa certificar os cães através de um teste para detecção de drogas e armas de fogo. Durante a avaliação, os cães foram analisados em quatro atividades, sendo: busca urbana, busca veicular, busca de bagagens e busca em edificação.

O cão Hassan, que é conduzido pelo policial penal Marcos Aurélio Simplício, foi aprovado com a nota final 89,50, resultante da média de pontos somados nas quatro atividades. O cão Casull, que é conduzido pelo policial penal Wesley Mattos, foi submetido às mesmas atividades e conseguiu aprovação com nota final de 83,75. Ambos receberam um diploma de certificação.

“Para estas atividades, os policiais penais Wesley e Marcos foram testados em simulações onde a Polícia Militar atua com cães na detecção de armas e drogas e, após a rigorosa avaliação da banca, foram habilitados para atuar em todas estas ações. Este evento condecorou a Polícia Penal com o reconhecimento do profissionalismo que tem atuado e a busca constante pela qualificação de nossos operadores K9 e reforça a integração das forças e o anseio do objetivo comum”, disse o diretor da regional administrativa da PPPR em Maringá, João Victor Toshiaki Ferreira Fujimoto. “É de grande valia a avaliação periódica desses cães, demonstrando a capacidade técnica tanto do cão quanto do condutor. A certificação que os cães do SOE de Maringá receberam nos orgulha muito e mostra nosso compromisso com a busca pela excelência, através de muito trabalho e dedicação”, complementa Barbara Nunes.

A aposentadoria do cão policial – O uso de cães nas operações policiais é uma prática valiosa que proporciona inúmeros benefícios, pois eles desempenham um papel vital na aplicação da lei, complementando as habilidades humanas e fortalecendo a segurança pública. Mas chega um momento que é necessário encerrar estas atividades desempenhadas por eles em âmbito do trabalho policial, sendo de extrema importância respeitar a saúde do animal, bem como sua condição física. “O cão se aposenta geralmente entre os 8 e 9 anos de idade, dependendo do seu rendimento e condição física ou de saúde. Se antes dessa idade for observada qualquer alteração que o impeça de continuar trabalhando, opta-se pela sua aposentadoria. A prioridade é ter cães sadios na equipe, sobretudo proporcionando bem estar aos mesmos. Os condutores dos cães aposentados possuem a prioridade para adotá-los, o que geralmente ocorre devido ao laço de amor criado entre eles”, finaliza Barbara. (Assessoria Polícia Penal PR)

14 de fevereiro de 2024

Foto: Polícia Penal

Você sabe como são escolhidos os cães que poderão fazer parte das operações da Polícia Penal? Geralmente, esta decisão é tomada logo após o nascimento dos filhotes. No entanto, é crucial destacar a importância do treinamento ético e adequado para que o animal se torne um cão policial. O tratamento humanitário e respeitoso desses animais é fundamental para garantir que eles desempenhem suas funções de maneira eficiente, enquanto mantêm um padrão elevado de bem-estar animal. “Logo após o nascimento, através do contato com barulhos, os cães iniciam os treinamentos. Participam de práticas diárias partindo da obediência básica até chegar ao nível adequado para iniciar os trabalhos. São treinamentos constantes, realizados várias vezes ao dia, como simulações dos possíveis cenários. A preparação do cão requer bastante cuidado, evitando traumatizá-los”, explica a policial penal pertencente ao SOE de Piraquara, Barbara Nunes.

Os cães da Polícia Penal do Paraná (PPPR) são divididos basicamente em três subgrupos, sendo cães de faro, cães de proteção e cães de busca e captura de pessoas. Os cães de faro desempenham a função de busca por entorpecentes, armas de fogo e munições, além de celulares nas sacolas entregues pelos familiares das pessoas privadas de liberdade, veículos que adentram ao estabelecimento prisional, celas, canteiros de trabalho e pátio de visitas, garantindo que não entrem objetos ilícitos nas unidades penais. Os cães de proteção são aqueles que realizam a segurança da equipe policial na contenção de motins, crises e rebeliões. Eles também são utilizados nas extrações de custodiados das celas para o pátio de sol quando realizadas as revistas internas nas unidades. Já os cães de busca e captura de pessoas são utilizados na procura por fugitivos, quando é apresentado ao cão o odor da pessoa que se evadiu e o animal auxilia fazendo o seu rastro até encontrar e capturar a pessoa foragida.

“A maioria dos cães da PPPR atualmente são da raça pastor belga malinois, embora o Departamento também conte com agentes caninos das raças pastor alemão e rottweiler. São animais equilibrados e que atuam sob comando dos seus condutores e auxiliam a Polícia Penal dentro e fora das unidades penais”, explica o policial penal pertencente à equipe K9 do SOE de Maringá, Rodrigo Nieri da Costa.

Adestramento – Depois das escolhas pelos animais que possuem o perfil para atuar nas atividades policiais, é necessário adestrá-lo para o melhor comportamento e desempenho durante estas ações. “A adaptação dos filhotes com os ambientes e ruídos com qual ele possivelmente terá contato durante a atuação no trabalho policial é realizada logo após a escolha dos cães que poderão integrar à equipe policial. Concomitantemente é realizada a socialização com outros animais da mesma e outras espécies, além de nós, seres humanos. Esta parte do treinamento é realizada durante a janela social e se encerra aproximadamente aos 120 dias de vida do cão, podendo variar de acordo com a raça. A partir de então, inicia-se a modelagem do comportamento canino através de reforços positivos ou negativos, nos quais o condutor passa a recompensar o cão por comportamentos desejados, ignorando os indesejados, realizando o manejo de forma a direcionar o cão para o auxílio da atividade policial. Cada condutor é responsável pelo adestramento de seu cão. Em média, o treinamento dura aproximadamente 14 meses para os cães direcionados para atuar como farejadores e 24 meses para os cães que atuam na função de proteção”, detalha Nieri. 

Certificação – Hassan e Casull são os dois primeiros cães da Polícia Penal do Paraná (PPPR), pertencentes ao Setor de Operações Especiais (SOE), da regional administrativa da PPPR em Maringá, a serem certificados. Ambos participaram, no fim do ano passado, de uma ação promovida pelo 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM) e que foi conduzida pela Companhia de Operações com Cães, do Batalhão de Polícia de Choque, que visa certificar os cães através de um teste para detecção de drogas e armas de fogo. Durante a avaliação, os cães foram analisados em quatro atividades, sendo: busca urbana, busca veicular, busca de bagagens e busca em edificação.

O cão Hassan, que é conduzido pelo policial penal Marcos Aurélio Simplício, foi aprovado com a nota final 89,50, resultante da média de pontos somados nas quatro atividades. O cão Casull, que é conduzido pelo policial penal Wesley Mattos, foi submetido às mesmas atividades e conseguiu aprovação com nota final de 83,75. Ambos receberam um diploma de certificação.

“Para estas atividades, os policiais penais Wesley e Marcos foram testados em simulações onde a Polícia Militar atua com cães na detecção de armas e drogas e, após a rigorosa avaliação da banca, foram habilitados para atuar em todas estas ações. Este evento condecorou a Polícia Penal com o reconhecimento do profissionalismo que tem atuado e a busca constante pela qualificação de nossos operadores K9 e reforça a integração das forças e o anseio do objetivo comum”, disse o diretor da regional administrativa da PPPR em Maringá, João Victor Toshiaki Ferreira Fujimoto. “É de grande valia a avaliação periódica desses cães, demonstrando a capacidade técnica tanto do cão quanto do condutor. A certificação que os cães do SOE de Maringá receberam nos orgulha muito e mostra nosso compromisso com a busca pela excelência, através de muito trabalho e dedicação”, complementa Barbara Nunes.

A aposentadoria do cão policial – O uso de cães nas operações policiais é uma prática valiosa que proporciona inúmeros benefícios, pois eles desempenham um papel vital na aplicação da lei, complementando as habilidades humanas e fortalecendo a segurança pública. Mas chega um momento que é necessário encerrar estas atividades desempenhadas por eles em âmbito do trabalho policial, sendo de extrema importância respeitar a saúde do animal, bem como sua condição física. “O cão se aposenta geralmente entre os 8 e 9 anos de idade, dependendo do seu rendimento e condição física ou de saúde. Se antes dessa idade for observada qualquer alteração que o impeça de continuar trabalhando, opta-se pela sua aposentadoria. A prioridade é ter cães sadios na equipe, sobretudo proporcionando bem estar aos mesmos. Os condutores dos cães aposentados possuem a prioridade para adotá-los, o que geralmente ocorre devido ao laço de amor criado entre eles”, finaliza Barbara. (Assessoria Polícia Penal PR)

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