Gerente da Guancino lamenta que colaboradores tenham recusado propostas

Após as reuniões que terminaram com recusas dos colaboradores, o gerente da Guancino Transportes Coletivos se manifestou em entrevista ao repórter Lucas Maciel da Rádio Educadora. Muran Almeida citou o envolvimento do sindicato, as tentativas de acordo e também o esforço da empresa para evitar as demissões com o início da crise global a partir de março. Confira o que disse Muran:

“É bem explícito para todos a situação de algumas empresas em relação à pandemia e a tudo que vem acontecendo. Para quem utiliza o transporte, para quem anda, e os próprios motoristas confirmam isso, a nossa receita caiu 1/3 comparado a antes da pandemia, então isso vem onerando drasticamente a parte financeira da empresa. Em abril nós protocolamos uma proposta de acordo coletivo com o sindicato, a qual foi avaliada pelos colaboradores da empresa e pelo sindicato em uma assembléia e a proposta foi recusada. De lá pra cá nós demos sequência na negociação, porque precisamos que exista este entendimento, pois neste momento é preciso uma redução de custo para manter a empresa em pé. Ocorre que no dia 22 de junho nós protocolamos uma outra minuta proposta que foi avaliada pelo sindicato e pelos colaboradores e essa proposta também não foi aceita. O que nos preocupa é que em nenhum momento nós tivemos uma contraproposta efetiva, escrita e entregue pra nós dizendo que eles não aceitavam as propostas mas que poderiam trabalhar de outro jeito, muito pelo contrário, o que tivemos foi uma conversa bem clara e aberta com todos deixando bem claro que temos sim interesse em negociar. Nós não concordamos com o dissídio, nós não queremos discutir, queremos negociação, queremos um entendimento pois o momento é crítico. Se vocês conversarem com qualquer motorista, qualquer um vai confirmar isso, andem nos ônibus, não tem passageiros. Diante disso, no início de julho através do sindicato foi impetrada a ação de dissídio, o processo está na justiça, e na esperança de explicar e apresentar todos os pontos nós fizemos essa reunião de última hora visando que pudéssemos trabalhar a conscientização e o entendimento. Tudo tem que ficar bem claro, o posicionamento da empresa é este, buscamos trazer as explicações, apresentamos as propostas, não recebemos contraproposta escrita em nenhum momento, mas esgotamos todos os meios. A ação de dissídio foi impetrada pelo sindicato, então a empresa está bem tranquila quanto a isso, foi uma definição, uma decisão da maioria dos colaboradores sem problema nenhum, a ação vai seguir na justiça, vamos nos reunir com a direção da empresa para definir quais as estratégias que serão adotadas daqui pra frente. É uma pena porque a empresa sempre pensou nos colaboradores, tanto que lá em março a primeira atitude foi caber-se da medida provisória 936, e nós temos aí um banco de 4.414 horas negativas que a empresa não descontou desses funcionários, deixando eles em casa quando o transporte estava operando em parte, pagou, demorou para pagar pois a arrecadação não veio, através de empréstimos, mais endividamento ainda, para pagar o salário de forma integral aos colaboradores, mas as 4.414 horas negativas ainda estão lá”. afirmou

Muran também garantiu que independente do processo que corre na justiça, a empresa mantém as linhas do transporte coletivo com todos os ônibus operando normalmente. 

15 de julho de 2020

Terminal rodoviário - Foto Lucas Maciel

Após as reuniões que terminaram com recusas dos colaboradores, o gerente da Guancino Transportes Coletivos se manifestou em entrevista ao repórter Lucas Maciel da Rádio Educadora. Muran Almeida citou o envolvimento do sindicato, as tentativas de acordo e também o esforço da empresa para evitar as demissões com o início da crise global a partir de março. Confira o que disse Muran:

“É bem explícito para todos a situação de algumas empresas em relação à pandemia e a tudo que vem acontecendo. Para quem utiliza o transporte, para quem anda, e os próprios motoristas confirmam isso, a nossa receita caiu 1/3 comparado a antes da pandemia, então isso vem onerando drasticamente a parte financeira da empresa. Em abril nós protocolamos uma proposta de acordo coletivo com o sindicato, a qual foi avaliada pelos colaboradores da empresa e pelo sindicato em uma assembléia e a proposta foi recusada. De lá pra cá nós demos sequência na negociação, porque precisamos que exista este entendimento, pois neste momento é preciso uma redução de custo para manter a empresa em pé. Ocorre que no dia 22 de junho nós protocolamos uma outra minuta proposta que foi avaliada pelo sindicato e pelos colaboradores e essa proposta também não foi aceita. O que nos preocupa é que em nenhum momento nós tivemos uma contraproposta efetiva, escrita e entregue pra nós dizendo que eles não aceitavam as propostas mas que poderiam trabalhar de outro jeito, muito pelo contrário, o que tivemos foi uma conversa bem clara e aberta com todos deixando bem claro que temos sim interesse em negociar. Nós não concordamos com o dissídio, nós não queremos discutir, queremos negociação, queremos um entendimento pois o momento é crítico. Se vocês conversarem com qualquer motorista, qualquer um vai confirmar isso, andem nos ônibus, não tem passageiros. Diante disso, no início de julho através do sindicato foi impetrada a ação de dissídio, o processo está na justiça, e na esperança de explicar e apresentar todos os pontos nós fizemos essa reunião de última hora visando que pudéssemos trabalhar a conscientização e o entendimento. Tudo tem que ficar bem claro, o posicionamento da empresa é este, buscamos trazer as explicações, apresentamos as propostas, não recebemos contraproposta escrita em nenhum momento, mas esgotamos todos os meios. A ação de dissídio foi impetrada pelo sindicato, então a empresa está bem tranquila quanto a isso, foi uma definição, uma decisão da maioria dos colaboradores sem problema nenhum, a ação vai seguir na justiça, vamos nos reunir com a direção da empresa para definir quais as estratégias que serão adotadas daqui pra frente. É uma pena porque a empresa sempre pensou nos colaboradores, tanto que lá em março a primeira atitude foi caber-se da medida provisória 936, e nós temos aí um banco de 4.414 horas negativas que a empresa não descontou desses funcionários, deixando eles em casa quando o transporte estava operando em parte, pagou, demorou para pagar pois a arrecadação não veio, através de empréstimos, mais endividamento ainda, para pagar o salário de forma integral aos colaboradores, mas as 4.414 horas negativas ainda estão lá”. afirmou

Muran também garantiu que independente do processo que corre na justiça, a empresa mantém as linhas do transporte coletivo com todos os ônibus operando normalmente. 

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