Mais de 300 mil vítimas ficarão sem Seguro DPVAT no ano que vem
A partir de histórico de estatísticas, relatório traz projeção de acidentes que não serão indenizados, caso o benefício seja extinto
Nos últimos 10 anos, cerca de 4 milhões de vítimas de acidentes de trânsito
foram indenizadas pelo Seguro DPVAT em todo o país. A partir do histórico de
dados da Seguradora Líder, é possível projetar um cenário de como será o
próximo ano sem a existência do seguro de acidente de trânsito, usando modelos
estatísticos aplicados em previsões de séries temporais. Caso seja extinto,
mais de 300 mil pessoas perderão o direito ao seguro apenas em 2020. O estudo
indica, ainda, que serão mais de 38 mil casos de vítimas fatais no trânsito e
mais de 205 mil pessoas que ficariam com alguma sequela permanente depois de um
acidente.
Para 2020, a maior incidência de ocorrências de trânsito não indenizadas
projetadas é para vítimas do sexo masculino, mantendo o mesmo comportamento dos
anos anteriores na base indenizatória do Seguro DPVAT. A faixa etária mais
atingida no período será a de 18 a 34 anos, representando 46% do total das
indenizações, o que corresponde a cerca de 144 mil benefícios que poderão não
ser pagos. A projeção de ocorrências para o próximo ano também mostra que a
motocicleta seria responsável pela maior parte das indenizações, com cerca de
77% do total.
No mesmo período, a maioria dos benefícios concedidos do Seguro DPVAT seria
para motoristas (58%). Estes representariam 56% das indenizações para acidentes
fatais e 54% para ocorrências com sequelas permanentes, predominando
significativamente os motociclistas (91%). Os pedestres ficariam em segundo
lugar nas indenizações por acidentes fatais no período (28%), assim como nos sinistros
envolvendo vítimas com invalidez permanente (35%).
Num cenário sem o Seguro DPVAT, o Nordeste seria o mais atingido. Segundo o
estudo, no ano que vem, a região concentrará a maior parte das ocorrências não
indenizadas: 30% do total. Entre os estados, São Paulo, Minas Gerais, Ceará e
Santa Catarina apresentarão o maior número de vítimas que ficarão sem a
cobertura: 38.602, 36.118, 21.883 e 20.251, respectivamente.
“A indenização do Seguro DPVAT tem caráter social e protege os mais de 210
milhões de brasileiros em casos de acidentes de trânsito. O seguro é o único
amparo econômico para grande parte da população de baixa renda depois de um
acidente de trânsito”, afirma o diretor-presidente da Seguradora Líder,
Ismar Tôrres.
Dos recursos arrecadados pelo Seguro DPVAT, 50% vão para a União, sendo 45% para o Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito, e 5% são para o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), para investimento em programas de educação e prevenção de acidentes de trânsito. Os outros 50% são direcionados para despesas, reservas e pagamento de indenizações às vítimas. De janeiro a outubro deste ano, a parcela destinada ao SUS totalizou R$ 852,4 milhões e, para o Denatran, R$ 94,7 milhões. Nos últimos 11 anos, essa contribuição soma mais de R$ 37,1 bilhões.
O estudo leva em consideração variáveis como frota, PIB, políticas públicas de prevenção e educação no trânsito, e também dados diretamente relacionados à administração do benefício, como melhorias nos processos internos e maior divulgação de como ter acesso ao Seguro DPVAT.
No dia 11 de novembro, foi editada uma medida provisória indicando o fim do DPVAT. A MP será analisada pelo Congresso, que terá o período regimental para se posicionar, aprovando, rejeitando ou modificando o texto.
Fonte Seguradora Líder
Foto Bombeiros SC
A partir de histórico de estatísticas, relatório traz projeção de acidentes que não serão indenizados, caso o benefício seja extinto
Nos últimos 10 anos, cerca de 4 milhões de vítimas de acidentes de trânsito
foram indenizadas pelo Seguro DPVAT em todo o país. A partir do histórico de
dados da Seguradora Líder, é possível projetar um cenário de como será o
próximo ano sem a existência do seguro de acidente de trânsito, usando modelos
estatísticos aplicados em previsões de séries temporais. Caso seja extinto,
mais de 300 mil pessoas perderão o direito ao seguro apenas em 2020. O estudo
indica, ainda, que serão mais de 38 mil casos de vítimas fatais no trânsito e
mais de 205 mil pessoas que ficariam com alguma sequela permanente depois de um
acidente.
Para 2020, a maior incidência de ocorrências de trânsito não indenizadas
projetadas é para vítimas do sexo masculino, mantendo o mesmo comportamento dos
anos anteriores na base indenizatória do Seguro DPVAT. A faixa etária mais
atingida no período será a de 18 a 34 anos, representando 46% do total das
indenizações, o que corresponde a cerca de 144 mil benefícios que poderão não
ser pagos. A projeção de ocorrências para o próximo ano também mostra que a
motocicleta seria responsável pela maior parte das indenizações, com cerca de
77% do total.
No mesmo período, a maioria dos benefícios concedidos do Seguro DPVAT seria
para motoristas (58%). Estes representariam 56% das indenizações para acidentes
fatais e 54% para ocorrências com sequelas permanentes, predominando
significativamente os motociclistas (91%). Os pedestres ficariam em segundo
lugar nas indenizações por acidentes fatais no período (28%), assim como nos sinistros
envolvendo vítimas com invalidez permanente (35%).
Num cenário sem o Seguro DPVAT, o Nordeste seria o mais atingido. Segundo o
estudo, no ano que vem, a região concentrará a maior parte das ocorrências não
indenizadas: 30% do total. Entre os estados, São Paulo, Minas Gerais, Ceará e
Santa Catarina apresentarão o maior número de vítimas que ficarão sem a
cobertura: 38.602, 36.118, 21.883 e 20.251, respectivamente.
“A indenização do Seguro DPVAT tem caráter social e protege os mais de 210
milhões de brasileiros em casos de acidentes de trânsito. O seguro é o único
amparo econômico para grande parte da população de baixa renda depois de um
acidente de trânsito”, afirma o diretor-presidente da Seguradora Líder,
Ismar Tôrres.
Dos recursos arrecadados pelo Seguro DPVAT, 50% vão para a União, sendo 45% para o Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito, e 5% são para o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), para investimento em programas de educação e prevenção de acidentes de trânsito. Os outros 50% são direcionados para despesas, reservas e pagamento de indenizações às vítimas. De janeiro a outubro deste ano, a parcela destinada ao SUS totalizou R$ 852,4 milhões e, para o Denatran, R$ 94,7 milhões. Nos últimos 11 anos, essa contribuição soma mais de R$ 37,1 bilhões.
O estudo leva em consideração variáveis como frota, PIB, políticas públicas de prevenção e educação no trânsito, e também dados diretamente relacionados à administração do benefício, como melhorias nos processos internos e maior divulgação de como ter acesso ao Seguro DPVAT.
No dia 11 de novembro, foi editada uma medida provisória indicando o fim do DPVAT. A MP será analisada pelo Congresso, que terá o período regimental para se posicionar, aprovando, rejeitando ou modificando o texto.
Fonte Seguradora Líder
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