Educação e oportunidade: 384 apenados prestam Vestibular da UEL em busca de um novo caminho

Assessoria – No último vestibular da Universidade Estadual de Londrina (UEL), realizado nos dias 17 e 18 deste mês, um grupo de 384 pessoas privadas de liberdade (PPL) teve a oportunidade de disputar uma vaga em cursos superiores, uma chance que vai além do simples aprendizado acadêmico. Para esses apenados, a realização da prova representa não apenas a busca por uma formação, mas também uma via de reinserção social, promovendo a remição de pena e, principalmente, a reconfiguração de suas trajetórias pessoais.

Essa iniciativa faz parte de um esforço contínuo da Polícia Penal do Paraná (PPPR) para integrar a educação ao processo de reintegração social no sistema prisional. Com a oferta de ensino que vai desde o ensino fundamental até o superior, a PPPR tem garantido a possibilidade de que os apenados, por meio do acesso à educação de qualidade, possam se reintegrar à sociedade de forma mais efetiva e menos propensa à reincidência criminal.

“A nossa regional administrativa de Londrina tem um histórico de ampla aprovação. Isto demonstra o compromisso com a educação e o esforço que é feito não apenas para a custódia dessas pessoas que estão temporariamente segregadas no meio social, mas também para ofertá-las um tratamento penal digno e de qualidade”, destaca o diretor-adjunto da Polícia Penal do Paraná, Maurício Ferracini.

“Das 580 inscrições realizadas, 384 pessoas privadas de liberdade realizaram a 1ª fase e essa diferença apenas ocorreu pelo motivo dos alvarás de solturas e outros benefícios ocorridos entre o período da inscrição e aplicação da prova. Além de cumprir o direito a educação preconizado na Lei de Execução Penal, a referida ação destaca o trabalho diferenciado que a Polícia Penal possui em relação a segurança pública. Mais do que as atividades policiais, nossa missão também está voltada para aplicação de diversas rotinas de tratamento penal aos privados de liberdade que se encontram sob a custódia do Estado”, explica o diretor regional da PPPR em Londrina, Élcio Martins Basdão.

Dentre os 384 apenados que realizaram a prova, 181 são da Penitenciária Estadual de Londrina II (PEL II); 71 da PEL I; 48 do Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon); 40 da Casa de Custódia de Londrina; 35 da PEL III e 9 do Complexo Social. Esses números refletem o esforço concentrado das unidades penais da região norte do estado para garantir que os apenados estejam preparados para a avaliação.

Além de ser uma forma de buscar um futuro acadêmico, a aprovação no vestibular garante um benefício significativo para os apenados: a remição de pena. A aprovação no vestibular garante ao apenado uma redução de 100 dias em sua pena.

Os cursos mais procurados por esse público nesta edição do Vestibular da UEL foram os de Educação Física, Serviço Social, Engenharia Civil, Medicina Veterinária e Administração, áreas que indicam o interesse dos apenados por carreiras de impacto social e com bom potencial de inserção no mercado de trabalho.

Após a divulgação dos resultados, cada unidade prisional entra em contato com os apenados aprovados, informando sobre o processo de matrícula e orientando as famílias sobre a documentação necessária. No entanto, o último passo para que o apenado possa frequentar as aulas na universidade é a autorização judicial, uma decisão que deve ser tomada por um juiz, garantindo que, caso a autorização seja concedida, o apenado possa dar continuidade à sua formação acadêmica fora do sistema prisional.

Na regional administrativa de Londrina 26 apenados já estão inseridos em cursos superiores, sendo 14 do Complexo Social; 7 da PEL II; 2 da PEL III e 3 custodiados do Creslon. Entre esses, também se destacam como os mais procurados os cursos de Serviço Social e Educação Física.

22 de novembro de 2024

Foto: Polícia Penal

Assessoria – No último vestibular da Universidade Estadual de Londrina (UEL), realizado nos dias 17 e 18 deste mês, um grupo de 384 pessoas privadas de liberdade (PPL) teve a oportunidade de disputar uma vaga em cursos superiores, uma chance que vai além do simples aprendizado acadêmico. Para esses apenados, a realização da prova representa não apenas a busca por uma formação, mas também uma via de reinserção social, promovendo a remição de pena e, principalmente, a reconfiguração de suas trajetórias pessoais.

Essa iniciativa faz parte de um esforço contínuo da Polícia Penal do Paraná (PPPR) para integrar a educação ao processo de reintegração social no sistema prisional. Com a oferta de ensino que vai desde o ensino fundamental até o superior, a PPPR tem garantido a possibilidade de que os apenados, por meio do acesso à educação de qualidade, possam se reintegrar à sociedade de forma mais efetiva e menos propensa à reincidência criminal.

“A nossa regional administrativa de Londrina tem um histórico de ampla aprovação. Isto demonstra o compromisso com a educação e o esforço que é feito não apenas para a custódia dessas pessoas que estão temporariamente segregadas no meio social, mas também para ofertá-las um tratamento penal digno e de qualidade”, destaca o diretor-adjunto da Polícia Penal do Paraná, Maurício Ferracini.

“Das 580 inscrições realizadas, 384 pessoas privadas de liberdade realizaram a 1ª fase e essa diferença apenas ocorreu pelo motivo dos alvarás de solturas e outros benefícios ocorridos entre o período da inscrição e aplicação da prova. Além de cumprir o direito a educação preconizado na Lei de Execução Penal, a referida ação destaca o trabalho diferenciado que a Polícia Penal possui em relação a segurança pública. Mais do que as atividades policiais, nossa missão também está voltada para aplicação de diversas rotinas de tratamento penal aos privados de liberdade que se encontram sob a custódia do Estado”, explica o diretor regional da PPPR em Londrina, Élcio Martins Basdão.

Dentre os 384 apenados que realizaram a prova, 181 são da Penitenciária Estadual de Londrina II (PEL II); 71 da PEL I; 48 do Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon); 40 da Casa de Custódia de Londrina; 35 da PEL III e 9 do Complexo Social. Esses números refletem o esforço concentrado das unidades penais da região norte do estado para garantir que os apenados estejam preparados para a avaliação.

Além de ser uma forma de buscar um futuro acadêmico, a aprovação no vestibular garante um benefício significativo para os apenados: a remição de pena. A aprovação no vestibular garante ao apenado uma redução de 100 dias em sua pena.

Os cursos mais procurados por esse público nesta edição do Vestibular da UEL foram os de Educação Física, Serviço Social, Engenharia Civil, Medicina Veterinária e Administração, áreas que indicam o interesse dos apenados por carreiras de impacto social e com bom potencial de inserção no mercado de trabalho.

Após a divulgação dos resultados, cada unidade prisional entra em contato com os apenados aprovados, informando sobre o processo de matrícula e orientando as famílias sobre a documentação necessária. No entanto, o último passo para que o apenado possa frequentar as aulas na universidade é a autorização judicial, uma decisão que deve ser tomada por um juiz, garantindo que, caso a autorização seja concedida, o apenado possa dar continuidade à sua formação acadêmica fora do sistema prisional.

Na regional administrativa de Londrina 26 apenados já estão inseridos em cursos superiores, sendo 14 do Complexo Social; 7 da PEL II; 2 da PEL III e 3 custodiados do Creslon. Entre esses, também se destacam como os mais procurados os cursos de Serviço Social e Educação Física.

Publicado por

Desenvolvido por BW2 Tecnologia