Último debate presidencial é marcado por trocas de acusações e sequência de pedidos de direito de resposta
O último debate entre candidatos a presidente antes do primeiro turno das eleições foi marcado por trocas de acusações e uma sequência de pedidos de direito de resposta, principalmente entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Outros cinco candidatos participaram: Ciro Gomes (PDT) Simone Tebet (MDB), Felipe D’ Avila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB).
O encontro, organizado pela TV Globo, começou na noite de quinta-feira (29) e terminou na madrugada de sexta (30), com mais de três horas de duração. O primeiro turno está marcado para domingo (2). Confira como foi o debate.
Primeiro bloco é marcado por pedidos de direito de resposta e confronto entre Bolsonaro e Lula
Ciro fez a primeira pergunta do debate. O pedetista questionou Lula sobre o cenário de desigualdade de renda que, segundo Ciro, teria sido deixado como herança pelo PT.
Lula respondeu: “Você deveria perguntar para mim como, no governo do PT, os mais pobres tiveram 80% de aumento real da renda enquanto os ricos tiveram só 20%”.
Na sequência, Padre Kelmon destacou o Auxílio Emergencial e questionou o atual presidente sobre a manutenção do Auxílio Brasil em 2023. Bolsonaro confirmou a promessa de manter o valor de R$ 600. “Vamos manter, sim, com responsabilidade fiscal. Nós fomos um governo que atendeu aos mais humildes, mais pobres.”
O candidato do PL citou o ex-presidente Lula: “O governo Lula foi o chefe de uma grande quadrilha. Não podemos continuar no país da roubalheira. […] O governo que nos antecedeu não tinha nenhum compromisso e respeito com a família brasileira, que quis impor agenda de ideologia de gênero, ensinando crianças em sala de aula a se interessar por sexo precocemente, que quer a liberação das drogas”.
Lula pediu direito de resposta, que foi concedido. “Num debate entre pessoas que querem ser presidente, esperava que o atual presidente tivesse honestidade. Falar que eu montei quadrilha com a quadrilha da rachadinha dele que ele decretou sigilo de 100 anos, rachadinha da família, do Ministério da Educação com barra de ouro, ele precisava se olhar no espelho e saber o que está acontecendo no governo dele”, disse.
Bolsonaro também pediu direito de resposta, que também foi aprovado. “Mentiroso, ex-presidiário, traidor da pátria. Que rachadinha? Rachadinha é teus filhos roubando milhões de empresas após a sua chegada ao poder”, afirmou o presidente.
Mais uma vez, Lula teve direito de resposta: “É uma insanidade um presidente da República vir aqui e dizer o que ele fala com a maior desfaçatez. É por isso que no dia 2 de outubro o povo vai te mandar para casa”. “Eu vou fazer um decreto para acabar com o seu sigilo de cem anos.”
D’Avila abordou, com Ciro, os escândalos de corrupção do governo do PT.
“Lula reclama das mentiras do Bolsonaro, mas ele faz uma coisa assim mais hábil que o Bolsonaro e nisso ele é campeão, ninguém pode tirar esse valor dele”, disse Ciro a respeito de dados citados pelo petista sobre a economia durante os mandatos do ex-presidente.
Bolsonaro questionou Tebet sobre o pronunciamento da candidata à vice pelo MDB, Mara Gabrilli, que associou Lula ao assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel (PT).
Simone Tebet, durante a resposta, criticou Bolsonaro diretamente. Ela chamou o presidente de “insensível”, citando o cenário de fome no país.
“Eu lamento esta questão ser trazida num debate neste momento tão importante da história do brasil e ser dirigida a mim, eu acho que falta ao senhor coragem de perguntar isso ao candidato do PT, que segundo o senhor é envolvido e está aqui, por que não pergunta para lula esse assunto e vamos tratar do Brasil, vamos tratar do problema da fome que vossa excelência diz que não tem, porque é insensível, não conhece a realidade do Brasil ou não deve andar nos grandes centros e ver nos semáforos crianças dormindo com fome e pedindo pelo amor de deus por um prato de comida”, disse.
Bolsonaro respondeu: “A senhora sabe que investimos no Auxílio Emergencial. […] Nós atendemos aos mais necessitados, quem por ventura estiver passando fome, que tem gente passando fome, pode se cadastrar e vai receber os R$ 600”.
Lula teve direito de resposta sobre o caso Celso Daniel, citado por Bolsonaro. “O Celso Daniel era meu amigo, foi o melhor gestor público que esse país teve. […] A Polícia Civil, o Ministério Público deram por encerrado, decidiram que era um crime comum e eu fui procurar o Fernando Henrique Cardoso para colocar a Polícia Federal. Você vem culpar o Lula pela morte do Celso Daniel? Seja responsável”, declarou o petista.
Lula questionou Soraya sobre como acabar com a fome. “Vergonhosamente, nós ainda temos que suportar a corrupção. Quando nós levantamos a bandeira, eu em 2018 e muitos outros candidatos, a bandeira da corrupção, eu achei que ali a coisa ia realmente andar, mas passamos hoje por essa decepção”, respondeu a candidata do União Brasil.
Foi concedido a Bolsonaro mais um direito de resposta a Lula. “O ex-presidiário diz que eu decretei sigilo da minha família. Qual o decreto? Me dá o número. Fala que eu atrasei compra de vacina. Nenhum país do mundo comprou vacina em 2020”, disse o presidente.
Soraya abordou com Padre Kelmon as vacinas para covid, questionando se ele não “se arrepende por defender um governo desse”, se referindo ao governo Bolsonaro. Kelmon respondeu dizendo que a proposta da candidata de diminuir impostos é ineficaz.
“Para melhorar a sua vida, você precisa reduzir o tamanho do Estado. Um Estado inchado faz com que não sobre dinheiro para você [eleitor]. Soraya, em réplica, chamou Padre Kelmon de “cabo eleitoral do candidato Jair Bolsonaro”.
Perto do final do bloco, Lula teve direito a mais um direito de resposta a Bolsonaro. “Eu, sinceramente, queria lembrar às pessoas que, graças ao que fizemos para combater a corrupção, a corrupção foi descoberta e as pessoas foram punidas”, afirmou o ex-presidente.
Tebet questionou D’Avila sobre qual seria sua proposta para a saúde pública. “Todo mundo que quer fazer a coisa certa na vida pública faz duas coisas importantes: liderança com caráter, honestidade, disposto a comprar as boas brigas políticas e, depois, a competência na gestão”, disse, citando também a importância da digitalização, com a telemedicina.
Para ler a notícia completa acesse CNN Brasil
Candidatos Jair Bolsonaro (PL), Padre Kelmon (PTB), Felipe D'avila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil), Lula (PT), Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) Crédito: Divulgação Globo
O último debate entre candidatos a presidente antes do primeiro turno das eleições foi marcado por trocas de acusações e uma sequência de pedidos de direito de resposta, principalmente entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Outros cinco candidatos participaram: Ciro Gomes (PDT) Simone Tebet (MDB), Felipe D’ Avila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB).
O encontro, organizado pela TV Globo, começou na noite de quinta-feira (29) e terminou na madrugada de sexta (30), com mais de três horas de duração. O primeiro turno está marcado para domingo (2). Confira como foi o debate.
Primeiro bloco é marcado por pedidos de direito de resposta e confronto entre Bolsonaro e Lula
Ciro fez a primeira pergunta do debate. O pedetista questionou Lula sobre o cenário de desigualdade de renda que, segundo Ciro, teria sido deixado como herança pelo PT.
Lula respondeu: “Você deveria perguntar para mim como, no governo do PT, os mais pobres tiveram 80% de aumento real da renda enquanto os ricos tiveram só 20%”.
Na sequência, Padre Kelmon destacou o Auxílio Emergencial e questionou o atual presidente sobre a manutenção do Auxílio Brasil em 2023. Bolsonaro confirmou a promessa de manter o valor de R$ 600. “Vamos manter, sim, com responsabilidade fiscal. Nós fomos um governo que atendeu aos mais humildes, mais pobres.”
O candidato do PL citou o ex-presidente Lula: “O governo Lula foi o chefe de uma grande quadrilha. Não podemos continuar no país da roubalheira. […] O governo que nos antecedeu não tinha nenhum compromisso e respeito com a família brasileira, que quis impor agenda de ideologia de gênero, ensinando crianças em sala de aula a se interessar por sexo precocemente, que quer a liberação das drogas”.
Lula pediu direito de resposta, que foi concedido. “Num debate entre pessoas que querem ser presidente, esperava que o atual presidente tivesse honestidade. Falar que eu montei quadrilha com a quadrilha da rachadinha dele que ele decretou sigilo de 100 anos, rachadinha da família, do Ministério da Educação com barra de ouro, ele precisava se olhar no espelho e saber o que está acontecendo no governo dele”, disse.
Bolsonaro também pediu direito de resposta, que também foi aprovado. “Mentiroso, ex-presidiário, traidor da pátria. Que rachadinha? Rachadinha é teus filhos roubando milhões de empresas após a sua chegada ao poder”, afirmou o presidente.
Mais uma vez, Lula teve direito de resposta: “É uma insanidade um presidente da República vir aqui e dizer o que ele fala com a maior desfaçatez. É por isso que no dia 2 de outubro o povo vai te mandar para casa”. “Eu vou fazer um decreto para acabar com o seu sigilo de cem anos.”
D’Avila abordou, com Ciro, os escândalos de corrupção do governo do PT.
“Lula reclama das mentiras do Bolsonaro, mas ele faz uma coisa assim mais hábil que o Bolsonaro e nisso ele é campeão, ninguém pode tirar esse valor dele”, disse Ciro a respeito de dados citados pelo petista sobre a economia durante os mandatos do ex-presidente.
Bolsonaro questionou Tebet sobre o pronunciamento da candidata à vice pelo MDB, Mara Gabrilli, que associou Lula ao assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel (PT).
Simone Tebet, durante a resposta, criticou Bolsonaro diretamente. Ela chamou o presidente de “insensível”, citando o cenário de fome no país.
“Eu lamento esta questão ser trazida num debate neste momento tão importante da história do brasil e ser dirigida a mim, eu acho que falta ao senhor coragem de perguntar isso ao candidato do PT, que segundo o senhor é envolvido e está aqui, por que não pergunta para lula esse assunto e vamos tratar do Brasil, vamos tratar do problema da fome que vossa excelência diz que não tem, porque é insensível, não conhece a realidade do Brasil ou não deve andar nos grandes centros e ver nos semáforos crianças dormindo com fome e pedindo pelo amor de deus por um prato de comida”, disse.
Bolsonaro respondeu: “A senhora sabe que investimos no Auxílio Emergencial. […] Nós atendemos aos mais necessitados, quem por ventura estiver passando fome, que tem gente passando fome, pode se cadastrar e vai receber os R$ 600”.
Lula teve direito de resposta sobre o caso Celso Daniel, citado por Bolsonaro. “O Celso Daniel era meu amigo, foi o melhor gestor público que esse país teve. […] A Polícia Civil, o Ministério Público deram por encerrado, decidiram que era um crime comum e eu fui procurar o Fernando Henrique Cardoso para colocar a Polícia Federal. Você vem culpar o Lula pela morte do Celso Daniel? Seja responsável”, declarou o petista.
Lula questionou Soraya sobre como acabar com a fome. “Vergonhosamente, nós ainda temos que suportar a corrupção. Quando nós levantamos a bandeira, eu em 2018 e muitos outros candidatos, a bandeira da corrupção, eu achei que ali a coisa ia realmente andar, mas passamos hoje por essa decepção”, respondeu a candidata do União Brasil.
Foi concedido a Bolsonaro mais um direito de resposta a Lula. “O ex-presidiário diz que eu decretei sigilo da minha família. Qual o decreto? Me dá o número. Fala que eu atrasei compra de vacina. Nenhum país do mundo comprou vacina em 2020”, disse o presidente.
Soraya abordou com Padre Kelmon as vacinas para covid, questionando se ele não “se arrepende por defender um governo desse”, se referindo ao governo Bolsonaro. Kelmon respondeu dizendo que a proposta da candidata de diminuir impostos é ineficaz.
“Para melhorar a sua vida, você precisa reduzir o tamanho do Estado. Um Estado inchado faz com que não sobre dinheiro para você [eleitor]. Soraya, em réplica, chamou Padre Kelmon de “cabo eleitoral do candidato Jair Bolsonaro”.
Perto do final do bloco, Lula teve direito a mais um direito de resposta a Bolsonaro. “Eu, sinceramente, queria lembrar às pessoas que, graças ao que fizemos para combater a corrupção, a corrupção foi descoberta e as pessoas foram punidas”, afirmou o ex-presidente.
Tebet questionou D’Avila sobre qual seria sua proposta para a saúde pública. “Todo mundo que quer fazer a coisa certa na vida pública faz duas coisas importantes: liderança com caráter, honestidade, disposto a comprar as boas brigas políticas e, depois, a competência na gestão”, disse, citando também a importância da digitalização, com a telemedicina.
Para ler a notícia completa acesse CNN Brasil
Mais lidas
Desenvolvido por BW2 Tecnologia